Ser feliz é uma decisão diária!
Uma senhora de 92 anos, delicada, com um semblante calmo, havia acabado de chegar a uma casa de repouso, acompanhada pela neta. Seu marido falecera recentemente, e a mudança era necessária, pois já não enxergava bem e não havia quem pudesse ampará-la em seu lar.
Após algum tempo de espera, a enfermeira veio avisá-las de que o quarto estava pronto. Enquanto caminhavam lentamente até o elevador, a neta, que já havia dado uma olhada nos aposentos, fez uma breve descrição do pequeno quarto, incluindo as flores na cortina da janela.
Sorrindo docemente, a senhora disse com entusiasmo:
–Adorei!
–Mas a senhora nem viu o quarto, observou a enfermeira. Ela não a deixou continuar e, sabiamente argumentou:
–A felicidade é algo que você decide antes da hora. Se vou gostar do meu quarto ou não, independe do arranjo dos móveis e sim de como os disponho em minha mente. E eu já decidi gostar dele!
E continuou: ser feliz é uma decisão que tomo a cada manhã, quando acordo. Tenho sempre uma escolha: passar o dia na cama, remoendo as dificuldades que tenho com as partes do meu corpo que já não funcionam há muito tempo, ou sair da cama e ser grata por mais uma oportunidade.
Cada dia é um presente. E meus olhos se abrem para ele baseados nas memórias felizes que armazenei.
A velhice é como uma conta no banco: de lá só se retira o que foi colocado antes!